Tinha tudo para ser uma tarde maravilhosa. Eu estava tão empolgada e contente porque, depois de mais de 4 anos, voltaria a ver o Galo jogando de perto. E, claro, com uma companhia especial: a do mais novo atleticano, Samuel!!!!
Na saída de casa, a alegria. Na foto abaixo, ao lado da minha irmã Priscila, eu estava confiante na vitória.
A caminho do Mineirão, gritos pelas ruas...É incrivel, mas os cruzeirenses estavam escondidos (como sempre!!! Eles só aparecem na porta do estádio ou quando o time ganha). Só no estádio é que vimos a "bicharada". Na porta do Mineirão encontramos o "amigo bamby"...Paradinha pra foto.
A um passo do paraíso....Prestes a entrar: Meu irmão Cristiano, eu, Priscila e Marcones.
A primeira visão lá dentro... Haja coração!!!!!
Mais emoção!!!!!
Recordar é viver... O famoso tropeirão do Mineirão, que não pude deixar de comer. Ao fundo, a MASSA!!! E quando dizem por aí que é a maior torcida de Minas, não é mentira ou paranóia. Dos mais de 46 mil ingressos vendidos, pouco mais de 25 mil foram para a torcida do Galo!!!! Lindo demais!
Eu vibrei, torci, gritei, fiquei rouca!!! Samuel, aqui dentro, me acompanhava. Mexia e remexia, como se estivesse torcendo junto com a mãe.
A massa atleticana realmente fez uma bonita festa e mostrou que é a maior e melhor torcida!!!
Mas, infelizmente, a tarde não foi nossa. Aos poucos fui enxergando um desastre... O time do Galo não mostrou nem um pouco da sua raça!!! Os jogadores pareciam brincar em campo. Davam a impressão de usar sapatilhas de ballet.
Marques, o velho ídolo, não fez nada. Marcos, um zagueiro desastrado, que entregou gols e ainda ajudou a aumentar o placar, marcando um contra. Renan Oliveira pouco brilhou. Tentou apenas um, e foi na trave. Juninho, o goleiro, também não fez boas defesas e acabou falhando em momentos importantes do jogo.
De fato, eu preciso reconhecer que o time do Cruzeiro esteve, a todo momento, superior. Uma pena!!! A massa fez a sua parte, mas não teve o retorno da equipe, que entregou o jogo com 5 gols!!! Goleada histórica??? Pode ser... Mas isso não abala um atleticano, que torce contra o vento. Que sente orgulho do centenário time mesmo na mais triste derrota!!!
E foi isso o que aconteceu. O mais novo atleticano viu uma derrota. Mas isso não significa o fim. Ele viu a massa, ele vibrou e cantou aqui dentro da minha barriga. No fim do jogo, Samuel estava quieto. Pouco mexia. Acho que estava triste por não ter visto o Galo ganhar. Mas ele sabe que muitas vitórias estão a caminho!!!!
Lugares que não conheço, pessoas que nunca vi, comidas que nunca provei.... sensações que nunca senti.... Cada dia é um novo aprendizado com uma nova peça encaixada na história de nossas vidas.... O caminho é este: a vida trilhada de um jeito que me faz feliz! Por Camila Marinho
O bom da vida é sair por aí...Descobrir o mundo, descobrir as pessoas e as coisas...Sentir, olhar, experimentar... viver o que é bom e saber diferenciar...ampliar os horizontes sem ter medo de ousar!!!!
Por Camila Marinho
Por Camila Marinho
27 de abril de 2008
26 de abril de 2008
Direto de BH
Depois de 4 meses sem vir a BH, eis que estou de volta à terra amada.
Sentir o saudoso cheirinho de pão de queijo, ouvir aquele gostoso sotaque meio "caipira" e ter por perto tanta gente querida é muito especial.
Cheguei na sexta-feira de manhã e volto segunda-feira à noite. Portanto, curtir cada momento como se fosse o último é fundamental. Ou melhor, necessário e vital!!!!!!
Na véspera de vir pra BH, mal dormi à noite. Aliás, é sempre assim quando venho pra cá. A ansiedade para que o momento chegue logo toma conta de mim, e aí fica difícil controlar.
Agora, ao lado de mãe, pai, irmãos, tios e tias, avó, toda a família e amigos, só quero dengo. E eles também só querem me encher de dengo. Principalmente agora, grávida!!!! Ainda mais que Samuel é o primeiro neto, bisneto e sobrinho...
Ontem, aproveitei o dia para fazer um passeio especial. Fui à praça do papa rever a Serra do Curral e aquela maravilhosa vista da cidade. Subindo a avenida em direção à praça, já me bateu uma coisa boa. Foi uma energia positiva, uma saudade gostosa e uma alegria imensa por ver um lugar tão lindo como aquele.
O dia estava maravilhoso, com um céu azul e uma temperatura agradável. E o lugar tranquilo. Sem barulho de trânsito, sem muita gente... Foi só uma sensação de paz!!! Comprei uma água de coco e parei ali para apreciar a vista e relembrar a infância. Mostrei para Samuel a cidade que eu tanto amo. É claro que ele também ficou feliz.
Afinal, eu estava feliz!!!
Depois daquele passeio de lembranças e boas sensações, fui descendo à avenida olhando pra trás, pelo retrovisor do carro. Parei várias vezes. Desci do carro, tirei fotos. Me senti uma turista em minha própria cidade. Não queria que aquele momento acabasse. Mas no fundo ele não acabou. Está eternizado. Nas fotos, nas lembranças, no coração.
Sentir o saudoso cheirinho de pão de queijo, ouvir aquele gostoso sotaque meio "caipira" e ter por perto tanta gente querida é muito especial.
Cheguei na sexta-feira de manhã e volto segunda-feira à noite. Portanto, curtir cada momento como se fosse o último é fundamental. Ou melhor, necessário e vital!!!!!!
Na véspera de vir pra BH, mal dormi à noite. Aliás, é sempre assim quando venho pra cá. A ansiedade para que o momento chegue logo toma conta de mim, e aí fica difícil controlar.
Agora, ao lado de mãe, pai, irmãos, tios e tias, avó, toda a família e amigos, só quero dengo. E eles também só querem me encher de dengo. Principalmente agora, grávida!!!! Ainda mais que Samuel é o primeiro neto, bisneto e sobrinho...
Ontem, aproveitei o dia para fazer um passeio especial. Fui à praça do papa rever a Serra do Curral e aquela maravilhosa vista da cidade. Subindo a avenida em direção à praça, já me bateu uma coisa boa. Foi uma energia positiva, uma saudade gostosa e uma alegria imensa por ver um lugar tão lindo como aquele.
O dia estava maravilhoso, com um céu azul e uma temperatura agradável. E o lugar tranquilo. Sem barulho de trânsito, sem muita gente... Foi só uma sensação de paz!!! Comprei uma água de coco e parei ali para apreciar a vista e relembrar a infância. Mostrei para Samuel a cidade que eu tanto amo. É claro que ele também ficou feliz.
Afinal, eu estava feliz!!!
Depois daquele passeio de lembranças e boas sensações, fui descendo à avenida olhando pra trás, pelo retrovisor do carro. Parei várias vezes. Desci do carro, tirei fotos. Me senti uma turista em minha própria cidade. Não queria que aquele momento acabasse. Mas no fundo ele não acabou. Está eternizado. Nas fotos, nas lembranças, no coração.
18 de abril de 2008
Agradecimento especial
Em muitos dos posts publicados aqui eu costumo citar o maridão, mas nunca escrevi um que fosse só sobre ele. E é claro que ele sente isso. Mas hoje, pra reverter a situação e ganhar uns pontinhos a mais com o maridão, eu decidi escrever sobre ele.
Poucos conhecem a nossa história, que surgiu tão por acaso e sem ao menos eu esperar. Eu havia acabado de mudar para Maceió, Alagoas. Não pensava em nada que não fosse trabalho. Eis que, com 27 dias morando no Nordeste, fui escalada para fazer uma reportagem de futebol, em um dos principais times de Maceió. Na verdade eu não fazia cobertura esportiva, mas como o repórter havia faltado no dia.... lá fui eu.
Entrevista vai, entrevista vem.... e acabei entrevistando ele, Marcones, o goleiro da equipe. Sim, meu futuro marido!!!
Na hora, não bateu nada. Ele puxou papo, mas eu estava tão centrada no meu trabalho que nem dei bola. Uma semana depois, o repórter oficial de esporte veio com papo dizendo que o goleiro que eu havia entrevistado tinha pedido o meu telefone. Na hora falei:
- Depois eu dou.... (na verdade, era "papo" pro cara esquecer)
Mais uma semana se passou e o repórter, Klébs Lós, chegou dizendo:
- Camila, o cara tá insistindo. Quer seu telefone!
- Ah não, não tô querendo não.
- Que isso Camila, dá o telefone... É só pra conhecer... Nada demais!
- Tá bom. Pode dar meu telefone - disse eu
E não é que o tal goleiro logo me ligou??? Me chamou pra sair, conversar, e tal...Eu sempre fugia, inventava uma desculpa.
Até que um dia, quase um mês depois de o ter entrevistado, eu não tive escapatória! Fui ao encontro dele! Começava ali a nossa história. No início eu não estava tão empolgada...Com um certo preconceito, eu dizia:
- Jogador de futebol é burro, fala errado e ainda por cima é "mulherengo"!!!!
Me enganei em tudo o que eu dizia. Nunca conheci uma pessoa tão inteligente em toda a minha vida. Dedicado, esforçado e de uma inteligência invejável.
Em pouco tempo fomos morar juntos: um mês e meio!!!!
E com nove meses nos casamos na igreja, com tudo o que uma cerimônia precisa para ser inesquecível! Foi tudo tão rápido que é difícil até de acreditar! Minha mãe, meu pai e praticamente a família inteira só foram conhecer Marcones pessoalmente faltando menos de uma semana para o casório.
Já completamos 4 anos juntos, e pouco mais de 3 anos de casados! E agradeço muito a Deus por ter encontrado uma pessoa tão especial e companheira!
Agora, mais do que nunca, ele tem se mostrado uma pessoa maravilhosa. Um pai carinhoso (que a todo instante brinca com o filho na barriga), um marido dedicado e muito paciente. Pra me aguentar com todas as minhas manias, chatices e esquisitices, só ele mesmo!!!! Especialmente agora, quando os hormônios estão a mil!!!
Além do mais, em todas as consultas e ultras ele me acompanha. Cobra, pega no pé, lê livros sobre gravidez e quer sempre o meu melhor.
Então, meu querido amor, declaro publicamente tudo o que eu sinto por você!
Um Amor Puro
Composição: Djavan
O que há dentro do meu coração
Eu tenho guardado pra te dar
E todas as horas que o tempo tem pra me conceder
São tuas até eu morrer
E a tua história eu não sei
Mas me diga só o que for bom
Um amor tão puro que ainda nem sabe a força que tem
É teu e de mais ninguém
Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo
Te amar sem limites, viver uma grande história
Te adoro em tudo, tudo, tudo
Quero mais que tudo, tudo, tudo
Te amar sem limites, viver uma grande história
Aqui noutro lugar
Que pode ser feio ou bonito
Se nós estivermos juntos haverá um céu azul
Um amor puro, não sabe a força que tem
Meu amor eu juro ser teu e de mais ninguém
Um amor puro...
16 de abril de 2008
Do desespero à tranquilidade....
Eu já perdi as contas de quantas vezes já pedi desculpas por ter ficado sem atualizar o blog. E acho que desta vez passei mais tempo ainda longe daqui. A última vez em que escrevi foi no dia 25 de março, aniversário do glorioso Atlético Mineiro.
Sim, foi um grande sumiço! Talvez uma falta de compostura com quem passa por aqui... Nem mesmo responder aos comentários eu respondi...Apesar de já ter lido todos, não tive tempo de responder!!! Não vou prolongar o "discurso", mas peço desculpas (novamente!)!!! E apresento uma razão, acredito que suficiente para ser perdoada: reformas em casa!
Por mais de uma semana eu me senti "uma estranha no ninho". Imagine só: pintor e ajudante dentro de casa, suas coisas de cabeça pra baixo, você sem poder se mover direito, sem poder circular de um ambiente a outro e ainda ver tudo debaixo de panos, plásticos e pó???? E pior: aonde quer que eu encostasse eu ficava branca (de pó)! Só havia me restado a cama e duas cadeiras pra sentar! Foi de enlouquecer! Nem o computador eu podia usar (ainda contava o fato de ter sido infectado por um vírus)!
Durante este período eu ainda tive uma outra ocupação: "mestre de obras"! É claro que eu tentava ficar fora de casa o máximo possível, principalmente pelo cheiro de tinta e pó. Mas também tinha que resolver várias outras coisas, como comprar tintas e outros pedidos do pintor, fazer orçamento disso, daquilo outro, "cuidar da casa", e ainda ter tempo para inglês, trabalho, hidroginástica e outros afazeres... UFA!!!!
SOBREVIVI...mas confesso que foi difícil. Fiquei DESESPERADA!!! O marido ainda tentava me "acalmar", dizendo que a fase de arrumação iria passar. Mas as palavras de "consolo" pouco ajudaram! Eu realmente só enxergava aquele mundo de reformas e bagunça dentro de casa. Não conseguia pensar em outra coisa. Pensava: "Preciso me abstrair! Isso vai passar... são poucos dias, e em breve tudo vai voltar ao normal"
Mas não, não ajudou!!!
Sabe o anjinho e o diabinho que ficam no pé do ouvido, falando a todo momento??? No início eu só ouvia o diabinho...O resultado?? Eu chegava em casa mal-humorada, olhava aquela zona e chorava!!! Do nada, sem motivo algum (como sem motivo algum????)!
Pra completar, eu quase fui assaltada (na rua, enquanto eu caminhava, um motoqueiro parou e me pediu o celular) e por várias vezes estive em um cemitério macabro de Salvador para fazer reportagem...Quer energia mais negativa???? Deus me livre e guarde!!!! Ave Maria!!!!
Ah, um detalhe importante: numa das vezes em que estive no cemitério, "afundei" na cova!!! Isso mesmo! E chorei, of course!!!! Como foi??? Eu e minha equipe (cinegrafista e auxiliar), encontramos na parte de trás do cemitério uma grande quantidade de ossada humana a céu aberto, pilha de ossos queimados e covas rasas (ou seja, aquela terra já podre e sem tratamento de contenção) que afundavam com facilidade. Era como pisar em um campo minado: você nunca sabe onde está a "bomba"!!! Mas era exatamente o que procurávamos e não podíamos deixar passar!!! No faro jornalístico, aquele era o lugar ideal para gravar uma passagem (chamamos de passagem aquele momento em que o repórter aparece segurando o microfone, e é o "centro da atenção" por alguns segundos)!
Pois bem, gravei a passagem, fizemos as imagens, e na hora de voltar eis que pisei na "bomba". Meu pé afundou naquela cova nojenta e fétida! Eu estava com uma sapatilha fechada na frente e atrás, mas totalmente "exposta" dos lados e que sai do pé com facilidade! É claro que ela saiu um pouco do pé e a terra entrou ...(pausa para água e respiração calma enquanto digito e me lembro do ocorrido.)...
(de volta)...Pois é, entrou no sapato, tocou no meu pé e me fez pirar! Me agarrei ao auxiliar, gritei e as lágrimas escorreram!!! Não preciso nem dizer o quanto é nojento, não é mesmo???
Eu só pensava em sair dali! E ao mesmo tempo pensava que o "campo minado" não tinha terminado. Fui chorando e rezando, mas Deus me guiou e não permitiu que a história se repetisse!
Dali passei direto em casa. Lavei e esfreguei bem o pé, passei álcool e joguei o sapato no tanque para ficar de molho por uns dois dias. Não aguentava nem olhar para o sapato. No dia de lavar, peguei minha luva, lavei, re-lavei e deixei secar. Mas não tive coragem de usar (nem de pegar direito). Depois, quando a faxineira veio, ela lavou de novo, eu passei álcool e só aí tive coragem de usar novamente. Mas, confesso, até hoje só de olhar pra ele me lembro do cemitério.
Ok, passou e é melhor esquecer! Esse foi um dos percalços que se juntou à reforma aqui de casa.
Depois que o pintor foi embora veio a fase de arrumar tudo. Por mim, eu mesma arrumava. Mas minha médica mandou eu "parar" um pouco. Ela achou que eu estava muito agitada e isso poderia não ser bom para a gravidez. Realmente ela tinha razão. Eu estava exausta!!! Além do mais, tudo pelo bem do fofo Samuel. Preciso realmente "frear", deixar de neura e pensar no filhote (que chuta o tempo inteiro)!
Consegui uma ótima faxineira (estava com birra da outra, lembram????), que está deixando as coisas do jeitinho que eu gosto. Além do mais, a casa está ficando uma graça! A laca no armário do quarto do baby e na bancada da cozinha estão prontas. A pintura (de toda a casa e das portas agora brancas) também está pronta.
Falta a parte da decoração do quarto do baby (ainda estou nos acertos com o marceneiro), mas isso é tranquilo! Nada se compara aos caos de lixar e pintar portas e paredes, fazer laca e etc. Ah, ainda tive que mudar algumas coisas das janelas (o que também foi bagunçado) e acertar detalhes da fiação elétrica. É incrível como esse povo (pintor, pedreiro, eletricista, técnico, etc) adora fazer uma bagunça na casa da gente!
Mas passou! Estou livre, feliz e tranquila, pelo menos now!
Só de chegar em casa e me sentir "de volta ao lar" é uma maravilha!!!
E Samuel agradece também!!!!
Estou quase completando 25 semanas de gravidez, o que significa praticamente cinco meses e meio. O bebê se mexe o tempo inteiro!!! E ele deu para começar a soluçar (não é fofo demais???). A barriga literalmente pulou! Deu um salto impressionante e poucas roupas têm me servido agora. Preciso urgentemente comprar algumas "roupitchas" (especialmente para trabalhar)! Não engordei muito (estou dentro do esperado), mas acho que ainda preciso melhorar mais a alimentação! Na minha meta eu engordei um pouco mais do que deveria!
No mais, tudo anda bem! Abaixo, fotos fresquíssimas da "barriguinha" (tiradas pelo maridão)!
Sim, foi um grande sumiço! Talvez uma falta de compostura com quem passa por aqui... Nem mesmo responder aos comentários eu respondi...Apesar de já ter lido todos, não tive tempo de responder!!! Não vou prolongar o "discurso", mas peço desculpas (novamente!)!!! E apresento uma razão, acredito que suficiente para ser perdoada: reformas em casa!
Por mais de uma semana eu me senti "uma estranha no ninho". Imagine só: pintor e ajudante dentro de casa, suas coisas de cabeça pra baixo, você sem poder se mover direito, sem poder circular de um ambiente a outro e ainda ver tudo debaixo de panos, plásticos e pó???? E pior: aonde quer que eu encostasse eu ficava branca (de pó)! Só havia me restado a cama e duas cadeiras pra sentar! Foi de enlouquecer! Nem o computador eu podia usar (ainda contava o fato de ter sido infectado por um vírus)!
Durante este período eu ainda tive uma outra ocupação: "mestre de obras"! É claro que eu tentava ficar fora de casa o máximo possível, principalmente pelo cheiro de tinta e pó. Mas também tinha que resolver várias outras coisas, como comprar tintas e outros pedidos do pintor, fazer orçamento disso, daquilo outro, "cuidar da casa", e ainda ter tempo para inglês, trabalho, hidroginástica e outros afazeres... UFA!!!!
SOBREVIVI...mas confesso que foi difícil. Fiquei DESESPERADA!!! O marido ainda tentava me "acalmar", dizendo que a fase de arrumação iria passar. Mas as palavras de "consolo" pouco ajudaram! Eu realmente só enxergava aquele mundo de reformas e bagunça dentro de casa. Não conseguia pensar em outra coisa. Pensava: "Preciso me abstrair! Isso vai passar... são poucos dias, e em breve tudo vai voltar ao normal"
Mas não, não ajudou!!!
Sabe o anjinho e o diabinho que ficam no pé do ouvido, falando a todo momento??? No início eu só ouvia o diabinho...O resultado?? Eu chegava em casa mal-humorada, olhava aquela zona e chorava!!! Do nada, sem motivo algum (como sem motivo algum????)!
Pra completar, eu quase fui assaltada (na rua, enquanto eu caminhava, um motoqueiro parou e me pediu o celular) e por várias vezes estive em um cemitério macabro de Salvador para fazer reportagem...Quer energia mais negativa???? Deus me livre e guarde!!!! Ave Maria!!!!
Ah, um detalhe importante: numa das vezes em que estive no cemitério, "afundei" na cova!!! Isso mesmo! E chorei, of course!!!! Como foi??? Eu e minha equipe (cinegrafista e auxiliar), encontramos na parte de trás do cemitério uma grande quantidade de ossada humana a céu aberto, pilha de ossos queimados e covas rasas (ou seja, aquela terra já podre e sem tratamento de contenção) que afundavam com facilidade. Era como pisar em um campo minado: você nunca sabe onde está a "bomba"!!! Mas era exatamente o que procurávamos e não podíamos deixar passar!!! No faro jornalístico, aquele era o lugar ideal para gravar uma passagem (chamamos de passagem aquele momento em que o repórter aparece segurando o microfone, e é o "centro da atenção" por alguns segundos)!
Pois bem, gravei a passagem, fizemos as imagens, e na hora de voltar eis que pisei na "bomba". Meu pé afundou naquela cova nojenta e fétida! Eu estava com uma sapatilha fechada na frente e atrás, mas totalmente "exposta" dos lados e que sai do pé com facilidade! É claro que ela saiu um pouco do pé e a terra entrou ...(pausa para água e respiração calma enquanto digito e me lembro do ocorrido.)...
(de volta)...Pois é, entrou no sapato, tocou no meu pé e me fez pirar! Me agarrei ao auxiliar, gritei e as lágrimas escorreram!!! Não preciso nem dizer o quanto é nojento, não é mesmo???
Eu só pensava em sair dali! E ao mesmo tempo pensava que o "campo minado" não tinha terminado. Fui chorando e rezando, mas Deus me guiou e não permitiu que a história se repetisse!
Dali passei direto em casa. Lavei e esfreguei bem o pé, passei álcool e joguei o sapato no tanque para ficar de molho por uns dois dias. Não aguentava nem olhar para o sapato. No dia de lavar, peguei minha luva, lavei, re-lavei e deixei secar. Mas não tive coragem de usar (nem de pegar direito). Depois, quando a faxineira veio, ela lavou de novo, eu passei álcool e só aí tive coragem de usar novamente. Mas, confesso, até hoje só de olhar pra ele me lembro do cemitério.
Ok, passou e é melhor esquecer! Esse foi um dos percalços que se juntou à reforma aqui de casa.
Depois que o pintor foi embora veio a fase de arrumar tudo. Por mim, eu mesma arrumava. Mas minha médica mandou eu "parar" um pouco. Ela achou que eu estava muito agitada e isso poderia não ser bom para a gravidez. Realmente ela tinha razão. Eu estava exausta!!! Além do mais, tudo pelo bem do fofo Samuel. Preciso realmente "frear", deixar de neura e pensar no filhote (que chuta o tempo inteiro)!
Consegui uma ótima faxineira (estava com birra da outra, lembram????), que está deixando as coisas do jeitinho que eu gosto. Além do mais, a casa está ficando uma graça! A laca no armário do quarto do baby e na bancada da cozinha estão prontas. A pintura (de toda a casa e das portas agora brancas) também está pronta.
Falta a parte da decoração do quarto do baby (ainda estou nos acertos com o marceneiro), mas isso é tranquilo! Nada se compara aos caos de lixar e pintar portas e paredes, fazer laca e etc. Ah, ainda tive que mudar algumas coisas das janelas (o que também foi bagunçado) e acertar detalhes da fiação elétrica. É incrível como esse povo (pintor, pedreiro, eletricista, técnico, etc) adora fazer uma bagunça na casa da gente!
Mas passou! Estou livre, feliz e tranquila, pelo menos now!
Só de chegar em casa e me sentir "de volta ao lar" é uma maravilha!!!
E Samuel agradece também!!!!
Estou quase completando 25 semanas de gravidez, o que significa praticamente cinco meses e meio. O bebê se mexe o tempo inteiro!!! E ele deu para começar a soluçar (não é fofo demais???). A barriga literalmente pulou! Deu um salto impressionante e poucas roupas têm me servido agora. Preciso urgentemente comprar algumas "roupitchas" (especialmente para trabalhar)! Não engordei muito (estou dentro do esperado), mas acho que ainda preciso melhorar mais a alimentação! Na minha meta eu engordei um pouco mais do que deveria!
No mais, tudo anda bem! Abaixo, fotos fresquíssimas da "barriguinha" (tiradas pelo maridão)!
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