O bom da vida é sair por aí...Descobrir o mundo, descobrir as pessoas e as coisas...Sentir, olhar, experimentar... viver o que é bom e saber diferenciar...ampliar os horizontes sem ter medo de ousar!!!!

Por Camila Marinho

28 de outubro de 2007

Capital Mundial dos Bares

(foto: New York Times)
A fama de Belo Horizonte como a "capital dos bares" não é nova. Pelo menos para os brasileiros!!!

Mas neste domingo (28) foi notícia internacional. Saiu no New York Times, numa reportagem de Seth Kugel, na seção Next Stop (em português Próxima Parada), do caderno de Turismo.

Na reportagem, Belo Horizonte, ou Beagá (como o próprio repórter faz questão de "ensinar"), é citada como uma cidade que apesar de figurar como a terceira maior do país ainda é bastante desconhecida pela maioria dos estrangeiros. Segundo o texto, a cidade está mais para um ponto de passagem de turistas em direção às cidades históricas do estado mineiro, como Diamantina e Ouro Preto.

Porém, o repórter destaca a fama que Beagá construiu ao longo dos anos, da tradição dos botecos. Ele explica que a cidade não tem praia, não tem a "loucura" do carnaval e nem grandes atrativos (cita apenas as obras de Niemeyer), mas tem bares em grande e excelente qualidade.
"Há 12 mil bares na cidade, total per capita maior do que o de qualquer outra cidade brasileira", diz a reportagem.

O repórter explica o que são os botecos, lugares informais onde as pessoas se encontram para bater papo, socializar, beber uma cerveja gelada ou até fazer uma refeição informal.

E é exatamente isso mesmo. Me lembro da época em que morava em BH (êta saudade!!!), quando frequentava diferentes botecos durante a semana. Era desde um happy hour com os colegas de trabalho, um encontro com os amigos ou até uma comemoração de aniversário (sim, os belo-horizontinos amam festejar aniversários em botecos!!!). Tudo era motivo para ir a um boteco.
Sinto muita, mas muita falta disso!!!! Era muito gostoso rever amigos e colocar a conversa em dia bebendo um chopp gelado e beliscando o melhor tira-gosto em botecos!

E por falar em tira-gosto, a reportagem do New York Times fala sobre o espetacular "Comida de Buteco", festival tradicionalíssimo na cidade, realizado há oito anos. Um festival que reúne aproximadamente 40 renomados bares da cidade para "disputar" o melhor tira-gosto...

(Bar do Caixote - New York Times)
O repórter cita alguns botecos, como o Bar do Caixote, que faz jus ao nome, com mesas e cadeiras feitas de caixote de frutas; a Mercearia do Lili; o Casa Cheia... E, claro, fala também do Mercado Central, da Feira Hippie aos domingos, do Parque Municipal.. Sem esquecer que o jornalista dá ênfase à famosa frase dita pelos mineiros: "não tem mar, tem bar".

Muito boa a reportagem. Quem quiser conferir na íntegra é só clicar aqui.

27 de outubro de 2007

Momentos de história do Brasil....

Eu não sei que nome dar a esta embarcação.... Uma caravela??? Talvez....
O Houaiss define caravela como "antiga embarcação a vela de dois ou três mastros"...

O certo é que esse "monumento" deu o ar da graça na Praia do Porto da Barra, hoje, em Salvador. Eu estava passando pela região quando vi a embarcação em plena Baía de Todos os Santos.

Claro que chamou a atenção de muita gente, e não só a minha. Afinal, não é todo dia que se vê algo assim. A sensação era de volta ao passado, à história do Brasil, como se estivéssemos diante de um quadro de séculos atrás.....

A embarcação deu um charme a mais à maravilhosa praia do Porto da Barra.
Praia que foi escolhida, há pouco tempo, como a terceira melhor do mundo pelo jornal britânico "The Guardiam".
(((Curiosidade: Na opinião do jornalista Gavin McOwana, a praia tem água limpa e tranquila, perfeita para nadar. Além disso, ele destacou o fabuloso pôr-do-sol a que se pode assistir de suas areias. )))

Realmente é de se concordar com a opinião do jornalista. É uma das melhores praias para se tomar banho dentro de Salvador. Pena ficar muito cheia nos dias quentes e fins de semana....

Quanto ao entardecer, não há muito o que falar!!!! É maravilhoso!!!!! As pessoas costumam bater palmas de tão lindo que é!!!!


Na foto abaixo, a embarcação vista a partir do Forte de Santa Maria, um exemplar da arquitetura colonial brasileira, datada do século XVII. Com este canhão apontado para a "nau", é ou não é como voltar ao passado???

26 de outubro de 2007

Biscoitos de nata com gostinho de infância

É difícil encontrar nata de leite hoje em dia. Não se vendem mais aqueles saquinhos de leite (são pouquíssimos os lugares), e os de caixinha nem de longe dão nata depois de fervidos.

Me lembro que, quando criança, minha mãe costumava juntar a nata para fazer um biscoito que eu simplesmente era A-PAI-XO-NA-DA!

Fazia muito, mas muito, muito tempo que eu não comia. Tive a idéia de fazer os biscoitinhos nesta última semana, quando minha sogra veio passar uns tempos aqui em casa. Ela vende o mais puro leite da vaca e havia trazido o tal leite diretamente dos currais de Arapiraca, Alagoas. A cada vez que fervia o "branquinho", lá estava a nata a despontar.

Pedi que juntasse a nata pra mim e logo liguei para minha mãe. Queria a receita do biscoito de nata.

Acabei fazendo e ficou muito gostoso!!! Porém, coloquei menos açúcar do que a receita pedia, então não ficou tão docinho (com "aquele" gostinho de infância). Mesmo assim, matei a saudade.

Segue a receita (original):
* 1 copo (de requeijão) de nata
* 24 colheres (sopa) de farinha de trigo
* 1 colher (sopa) de fermento royal
* 3 colheres (sopa) manteiga
* 1 ovo grande
* 1 pitada de sal
* 4 colheres (sopa) de açúcar refinado.

Modo de Fazer:
Amassar rapidamente. Se necessário, colocar mais farinha. Abrir com rolo e cortar os pedaços (como quiser). Assar em forno brando e em tabuleiro untado.

OBS: Depois que fiz a receita, minha mãe disse que eu poderia fazer com creme de leite no lugar das natas. Ainda não testei desse jeito, mas com certeza essa outra opção vai passar pela minha cozinha. Afinal, dificilmente terei nata para fazer.

Alcachofras

Pela primeira vez experimentei uma alcachofra. Sempre tive vontade (adoro provar as coisas), mas não a oportunidade. Ontem (25) chegou a vez. Fui fazer uma reportagem sobre um festival gastronômico de alcachofras promovido pelo Chef Sebastião Torres, do Les Saveurs D'Itapuã, do Hotel Sofitel Salvador.

Pra quem não conhece, a alcachofra é uma flor um tanto exótica e medicinal, da mesma família das margaridas e dos girassóis.

Tem baixíssimas calorias e uma infinidade de nutrientes, como potássio, ferro, fibras, vitaminas, etc, etc... e ainda tem efeito diurético. Só que custa caro e é difícil encontrá-la em algumas cidades. Em Salvador, por exemplo, eu nunca vi. Conversando com o Chef Torres, ele me disse que manda trazer de SP para preparar seus belos pratos.

Da alcachofra é possível consumir apenas a parte carnuda das "pétalas" e o "fundo" da flor, depois de retirados os espinhos. Dá um certo trabalho preparar, mas vale muito à pena. Achei o sabor parecido com o do palmito!!! Muito gostoso mesmo!!!!

Passo- a-passo

Depois de cortar as alcachofras, é preciso deixá-las de molho em água com limão para que não escureçam. Na foto ao lado, tem duas: uma ainda com as pétalas, e a outra já no "filé mignon", toda limpinha!!!! Repare que essa está amarrada a um limão. Segundo o chef, mesmo que ela já esteja na água com limão é preciso fazer esse procedimento para não correr o risco de escurecer.


É importante que o cozimento seja em panela esmaltada ou de aço inoxidável, já que as panelas de alumínio escurecem a alcachofra. O tempo médio de cozimento varia de 20 a 40 minutos

Depois do cozimento, o chef coloca as alcachofras em uma bacia com gelo (foto ao lado). Segundo ele, o choque térmico impede que a "flor" perca a cor e a textura.

Na hora de preparar a alcachofra, é preciso retirar o miolinho dela. Exatamente esse miolo que se vê na foto ao lado. Isso não se come.
É preciso ir tirando com cuidado, com uma faca ou colher, para que não se quebre o "coração", o "filé mignon" da alcachofra.


Uma das receitas preparadas pelo Chef Torres é Alcachofra recheada com tomate(sem pele e sem semente), manjericão, cogumelo fresco passado no azeite e queijo brie. Perfeita!
Abaixo o renomado Chef Sebastião Torres, do Les Saveurs D'Itapuã, do Hotel Sofitel Salvador, com sua "Alcachofra recheada"

E aqui, mais uma opção para saborear a alcachofra, receita assinada pelo mesmo chef. Basta retirar as pétalas e passar num molho feito com azeite, limão, mostarda e ervas. Saborosíssimo!

21 de outubro de 2007

Derrubando mitos...

Quem disse que a "concorrência" não se dá bem???


Fora da telinha a convivência é mais do que pacífica.

A prova está na foto ao lado: Mariana Monteiro (TV Bandeirantes), eu (TV Bahia - Globo) e Mitchel Diniz (TV Aratu - SBT).


(Foto tirada durante cobertura jornalística, em Salvador.)

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Ainda não assisti ao filme "A Garçonete" (Waitress), mas estou cheia de vontade de ir ao cinema. É uma comédia americana que conta a história de uma mulher infeliz ao lado do marido e sem muitas perspectivas de vida. Entre suas "válvulas de escape" estão as receitas, como a torta "Eu odeio meu marido", com chocolate amargo e sem açúcar.

Deve ser no mínimo engraçado! E saboroso a partir do momento em que ela encontra um outro homem, por quem se apaixona... Deve sair cada receita!!!!


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Esta semana li numa revista a respeito das rolhas de cortiça, que devem ser "aposentadas" dentro de pouco tempo.
A razão é ambiental na produção de rolhas. A cortiça é extraída da casa do sobreiro (Quercus suber), árvore originária do sul da Penísula Ibérica. Só pode ser extraída a cada nove anos, mas o tronco precisa ter, pelo menos, 50 anos para se encontrar cortiça de boa qualidade.
Portugal fabrica 13 bilhões delas por ano.

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Adoro desenho animado (o que eu chamo de "filminho"), especialmente daqueles mais antigos... Smurfs, Tom e Jerry, Scooby Doo, Luluzinha....
E foi exatamente o DVD de Luluzinha que comprei neste fim de semana. Estava passando pelo supermercado quando vi em promoção na gôndola. Peguei logo e já estou louca para assistir.




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No último feriado fiz uma receita bem gostosa de bolinho de bacalhau. Retirei de uma revista de Enogastronomia, mas é assinada pelo "chef Allan Vila Espejo", do Al Mare SP.

Fácil de fazer, saboroso, levinho e ainda por cima é feito com batatas (que eu amo). Perfeito para acompanhar um chopp bem gelado (ou um vinho para quem preferir)!
Ingredientes:

* 1 kg de bacalhau dessalgado
* 400 grs de batata cozida
* 2 dentes de alho amassados
* 1 ovo / salsa
Modo de preparo:
Cozinhe e desfie o bacalhau. Em seguida, cozinhe as batatas com casca na água do cozimento do bacalhau. Esprema-as e faça um purê. Separe a clara da gema e junte a gema, o purê, a salsa e o alho com uma colher até misturar tudo. Bata a clara e junte-a à massa para dar leveza ao bolinho. Frite em óleo quente e sirva.

19 de outubro de 2007

Palha italiana

Há muito tempo eu não fazia "palha italiana". Houve uma época em Belo Horizonte que esse doce era uma febre. Todo mundo fazia.... Aqui no nordeste eu nunca vi, e quando comento com as pessoas ninguém sabe que doce é esse.

Decidi fazer esta semana, já que meu sobrinho está passando uns dias aqui em casa. Eu iria fazer brigadeiro, mas me lembrei da "palha italiana". Tão simples e gostoso, e o melhor: sem segredos. Nada mais é do que um brigadeiro com biscoito maizena (ou Maria) quebradinho. Ao postar essa receita aqui, procurei na internet a origem do doce e a razão do nome, mas não encontrei.

PALHA ITALIANA
- 1 Lata de leite condensado
- 1 colher (sopa) de manteiga ou margarina
- 4 colheres (sopa) de chocolate em pó
- biscoito maizena (ou Maria) quebradinho (não é triturado! É quebrado com as mãos, em pedaços pequenos).
obs: Coloquei uns 10 biscoitos.

Modo de fazer:
Faça o brigadeiro e no fim coloque o biscoito. Unte uma assadeira e coloque a "palha". Depois, é só cortar em quadradinhos e passar no açúcar!


OBS: Desta vez eu fiz bolinha por causa do sobrinho (que queria brincar de enrolar). E dei três tipos de "acabamento": no açúcar de confeiteiro, em castanha de caju triturada e em bolinhas de arroz cobertas de chocolate (como na foto acima). Adoramos o resultado (e principalmente o sabor)!!!


17 de outubro de 2007

Velho Chico - 1

Esta é a ponte (pequena) que separa as cidades de Porto Real do Colégio e Propriá. É a divisa entre os estados de Alagoas e Sergipe.

Sempre que viajo para Arapiraca-AL passo por aqui. É um dos trechos que mais aprecio!
E são vários os motivos: me faz lembrar do tempo em que trabalhei em Alagoas (já fiz várias reportagens na região) e também transmite a sensação de paz e tranquilidade por causa do maravilhoso Rio São Francisco!!!! Olhando para a foto abaixo, num dia lindo como estava, é ou não é de babar???


16 de outubro de 2007

Café da manhã

Já estou de volta a Salvador, mas com a visita da sogra em casa o café da manhã não poderia ser outro: cuscuz de milho com carne-de-sol.

15 de outubro de 2007

Sorvete de coco com geléia de gengibre

Foi a sobremesa que fiz para um jantar indiano na casa de amigos. Diferente e com um sabor muito especial!!!

Geléia de gengibre:
- 1/2 xícara de açúcar
- 1 xícara de gengibre ralado fininho
- 6 colheres (sopa) de vinho branco seco
Modo de preparo:
Leve ao fogo baixo e deixe engrossar.

Sirva com sorvete de coco e pedacinhos de coco queimado.

14 de outubro de 2007

Comida nordestina

É incrível como o Brasil tem tantas diferenças de norte a sul. São hábitos, costumes e tradições que variam conforme a região. É como se fossem vários países dentro de um só.

Desde que vim morar no Nordeste, eu (como boa mineira) tive que reaprender e entender muita coisa: do sotaque às expressões até aos hábitos alimentares.. E foi justamente o estômago que mais estranhou... Mas foi um "estranhamento" natural, gostoso... nunca deixei de provar nada, por mais "estranho" que parecesse.

Me lembro do meu primeiro café da manhã tipicamente nordestino. Eu tinha acabado de mudar para Maceió e iria encarar meu primeiro dia de trabalho na TV Gazeta (afiliada da Globo). Viajaria para a divisa de Alagoas e Sergipe para cobrir a cheia do Rio São Francisco (por causa da chuva). Fomos eu, o cinegrafista e um auxiliar. Saímos às cinco da manhã e paramos em um restaurante no meio da estrada para tomar café. Muito acostumada aos hábitos mineiros do café da manhã (pão francês, misto, pão de queijo, suco....), logo pedi um misto, uma cafezinho e um suco.

Me assustei quando ouvi o cinegrafista e o auxiliar:
- "Pois para nós traga cuscuz, macaxeira, carne de bode e carne do sol!"
Não acreditei e retruquei:
- "Vocês comem isso no café da manhã??? É um almoço! E é bastante pesado!"

Bom, assim eu pensava. PENSAVA....(passado, entendeu?)
Quando o meu misto quente saiu, dei duas mordidas e deixei de lado. Fui acompanhar os colegas de equipe: carne de bode, cuscuz de milho, macaxeira (mandioca para mineiros, aipim para baianos). Um verdadeiro festival de comida nordestina!
Eu, que nunca tinha comido carne de bode, passei a adorar!

Foi a minha estréia, magnífica por sinal. Quando contei para minha mãe ela quase não acreditou! Até hoje o "povo de Minas" estranha esse hábito no café da manhã.

Em Arapiraca (terra do meu marido, Marcones), poucos comem pão frances na refeição matinal.
Para quem não conhece, Arapiraca é a terra do fumo e a segunda maior cidade de Alagoas, conhecida também como a Capital do Agreste.

Na casa da minha sogra, onde estou neste feriado, o que não falta é este tipo de comida. Nem preciso dizer que volto com uns quilinhos a mais, não é?

Claro que tive que aprender a fazer, afinal, é preciso agradar ao maridão. Até uma cuscuzeira eu tive que comprar....

Curiosidade
Na Bahia, também há esse hábito no café, porém é mais típico no interior do Estado. Em Salvador, o que os soteropolitanos apreciam mesmo é uma suculenta feijoada logo cedo. É o feijão baiano! Parece absurdo e exótico um prato desses no café. Realmente é, mas até eu já me rendi a esse costume (poucas vezes, é claro).

Me lembro do carnaval do ano passado, quando estava trabalhando de manhã cedinho. A parada para o café foi no meio da rua, em uma mulher que vendia feijoada (maravilhosa)! Me esbaldei!
O baiano gosta de comer isso porque diz que sustenta o dia inteiro.

Ervas

Além dos "pratos" diferentes, algumas ervas e temperos contribuem para o "gostinho nordestino" das refeições. Enquanto em Minas Gerais usamos muita salsa e cebolinha como cheiro verde, aqui no Nordeste o povo ama o coentro e usa em tudo!!!

Aprendi a gostar... mas não em tudo!
Coentro, na minha opinião, vai bem em peixes, algumas saladas e molhos.

Cominho é outro tempero dos mais utilizados, assim como o coloral (corante), que as pessoas adoram usar nas carnes.

Enfim, aqui no Nordeste é um festival de sabores. Eu, que não sou boba nada (e muito boa de garfo), provo tudo!!!! Com o maior prazer, obrigada!

11 de outubro de 2007

Porque ler é bom....

Logo após o almoço estarei na estrada a caminho de Arapiraca (Alagoas), a terra do meu marido. Na bagagem, livros, livros e mais livros.... alguns para colocar a leitura em dia, outros para dar de presente aos nossos sobrinhos.

O Dia das Crianças vai ser recheado de livros. Adoro dar este tipo de presente, especialmente para crianças. É uma maneira de estimular a leitura, pouco praticada no Brasil, especialmente no interior do Nordeste.

Na série de reportagens que fiz para a semana das crianças, abordei a relação delas com o mundo dos livros. Algumas das crianças que entrevistei adoram ler e são frequentadoras assíduas de bibliotecas. São meninos e meninas super desenvoltos, com imaginação a correr e bastante inteligentes. E de todos que entrevistei, a maioria cultiva a prática da leitura porque recebeu algum tipo de estímulo para isso: ou a mãe é escritora, ou os pais dão livros de presente, levam à biblioteca.......

Conheci um bebê super fofinho, de 5 meses, que é levado pelo pai à Biblioteca Pública só para ficar a ver as prateleiras repletas de livros e ouvir as histórias que são contadas ali. Achei muito bacana e inteligente, porque a leitura deve ser estimulada bem cedo, ainda na barriga da mãe. Sim, porque há estudos que comprovam o quanto é importante começar a contar histórias desde a gravidez. (na foto ao lado, uma contadora de histórias na biblioteca)

Por outro lado, conheci crianças que pouco (ou nada) têm acesso a livros! Meninos e meninas de rua, que convivem com as drogas e a criminalidade. Em Salvador, há uma ONG muito legal que dá a oportunidade de uma vida melhor para essas crianças. É o projeto Axé, que tem, entre as suas ações, o "Axé Buzû". É um ônibus que se transforma em biblioteca e, no lugar de bancos, traz prateleiras repletas de histórias infantis. Cada semana este ônibus estaciona em lugar da cidade para levar solidariedade e educação! E é muito interessante notar que os meninos de rua adoram ir para lá e ouvir histórias.. Passam horas imersos em livros que os fazem esquecer da dura realidade. (Na foto acima, à direita, o ônibus parado no bairro do Comércio)

Receitinha (básica e fácil) para o feriado: Fricassê de Frango


INGREDIENTES:
1 lata de creme de leite
1 lata de milho verde
1 copo de requeijão cremoso
100 g de azeitona sem caroço
2 peitos de frango desfiado
200 g de mussarela fatiada
100 g de batata palha
1/2 xícara de água
1 pitada de sal

MODO DE PREPARO:
Bata no liquidificador o milho, o requeijão, o creme de leite e a água. Refogue o creme do liquidificador com o frango desfiado, as azeitonas e o sal até ficar com uma textura espessa. Coloque o refogado numa assadeira, cubra com mussarela e espalhe a batata palha por cima. Leve ao forno até borbulhar.Sirva com arroz branco.

Bife à parmegiana


Difícil não gostar desse prato: bife à parmegiana acompanhado por arroz branco, batata palha e ovo frito. Por cima, alho frito salpicado!
Fiz no domingo, depois de chegar de um cansativo plantão!!! Por isso, não podia ser nada muito trabalhoso!

Bife à parmegiana

Ingredientes
- Carne de sua preferência (mas que seja macia!) - usei filé mignon
- sal e pimenta-do-reino moída a gosto
- 2 ovos misturados com 1/2 xícara (chá) de água, sal e
pimenta-do-reino moída a gosto (para empanar)
- 2 xícaras (chá) de farinha de rosca misturadas com 1
xícara (chá) de farinha de mandioca torrada (para empanar)
- pouco óleo para fritar os bifes
- molho de tomate caseiro
- queijo mussarela ralado
- queijo parmesão ralado a gosto para polvilhar

Modo de Preparo
Numa superfície plana, coloque os bife dentro de um saco plástico e com o auxílio de um martelo de carne, bata em cada um até que dupliquem o tamanho. Tempere-os com sal e pimenta-do-reino.
Passe cada bife na mistura de ovos com água, sal e pimenta-do-reino. Depois passe-os na mistura de farinha de rosca com farinha de mandioca torrada e aperte bem. Numa frigideira grande com um pouco de óleo, frite os bifes até que fiquem dourados dos dois lados. Reserve-os.

Num refratário, faça camadas da seguinte forma:
- metade do molho de tomate caseiro
- um bife empanado e frito
- metade do queijo mussarela ralado
- o outro bife empanado e frito
- a outra metade do queijo mussarela ralado
- e termine com o restante do molho de tomate caseiro

Leve para o forno 180ºC por +/- 15 minutos.

Curiosidade:
Na verdade o filé a parmegiana é uma variação do bife à milanesa, com muito molho de tomate e gratinado com queijo. Não se sabe ao certo a origem do prato, no entanto ele
tem referência na cozinha italiana, pois leva o nome de um dos queijos mais famosos da Itália, o parmiggiano-reggiano. (FONTE: MAIS VOCÊ)

DICA 10: Após empanar os bifes, deixe-os na geladeira por duas horas para que fiquem crocantes depois de fritos

OBS: Sempre uso molho de tomate que eu mesma faço, mas desta vez não tinha. Então usei de latinha mesmo, do tipo "tomate pelado".

7 de outubro de 2007

Você tem medo de quê?

Na última semana entrevistei muitas crianças (para uma série de reportagens) e ouvi delas inúmeras histórias. Muitas sobre medo! Perguntei de que tinham medo e ouvi desde os clássicos bicho-papão, homem do saco, bruxas e monstros até o medo mais recente, que é o da violência (e que não apenas as crianças têm medo, mas os adultos também).


Foi interessante, porque elas apertaram o botãozinho da imaginação e falaram sobre todos os monstros que fazem das noites de infância um terrível pesadelo, o que me fez lembrar dos tempos de criança. Uma das crianças citou as lendas, e me falou sobre a da loira do banheiro, que segundo ela aparece toda vez que uma criança joga 3 fios de cabelos (loiro) no vaso, dá três descargas e chuta o vazo três vezes... É demais, não??? Quem vai fazer isso eu não sei... mas foi engraçado ouvir a história. Como elas imaginam!!!! Me lembrei da lenda da "Loira do Bonfim" em Belo Horizonte, que me deixava assustadíssima.

" Loira do Bonfim é um personagem mitológico da cidade de Belo Horizonte. Na década de 1950 ficou conhecida na cidade a lenda de uma mulher loira que conquistava os homens no centro da cidade e os convencia a ir na sua casa, no bairro do Bonfim. Ao chegar lá ela se dirigia ao cemitério e dizia ser ali sua morada" (FONTE: Wikipédia).


Eram muitas lendas e medos, alguns criados pelos próprios amigos. Certa vez, uma amiga me contou uma história aterrorizante e disse:
- "Você só pode lavar suas mãos quando sua mãe chegar em casa, na frente dela. Caso contrário, um homem velho vai aparecer para você".
E não é que me esqueci e lavei antes???? Quase nem dormi direito, com medo do tal homem velho. Claro, ele nunca apareceu. Mas o medo de "assombração" e escuro eu não perdi e guardo até hoje.

É impressionante, mas eu tenho um medo terrível de espíritos.... Só de pensar que alguém pode estar ao meu lado, eu já fico assustada. Meu marido diz que tenho medo até da minha sombra, e acho que é verdade.

Às vezes, quando acordo no meio da noite nem abro os olhos. Fico com medo de ver alguma coisa... É engraçado porque apenas única vez eu tive a impressão de ver alguém, e isso foi há bem pouco tempo, menos de um ano talvez.

Eu estava em Arapiraca, no interior de Alagoas, na casa da minha sogra. Acordei no meio da noite, e quando olhei para a janela posso jurar que vi o rosto de um homem. Não podia ser ninguém (vivo) porque a janela não dava para a rua e o único homem que estava na casa dormia ao meu lado...Portanto, impossível. Imediatamente virei para o outro lado, fechei os olhos e me cobri toda. A respiração ficou tão ofegante que meu marido acordou e perguntou o que era. À princípio eu não tive coragem de dizer o que era (com medo), mas como ele pensou que eu estava passando mal eu tive que contar. Ele disse que eu estava imaginando coisas e disse que iria buscar água. A possibilidade de ficar sozinha no escuro me amedrontou ainda mais e pedi que acendesse a luz (como se a luz acesa fizesse ir embora todos os meus medos). Me lembro que foi um susto tão grande que fiquei ainda mais impressionada e com mais medo das "assombrações".

Claro que muita coisa é fruto da nossa imaginação (a minha muito fértil por sinal). Para evitar uma noite desagradável, vou parando por aqui que já estou prestes a dormir.

Pra adoçar o dia (e as noites de medo), fica a sugestão de um torta de morangos. Fiz no domingo passado, para um almoço entre amigos.

INGREDIENTES
Massa:
- 250g de farinha de trigo
- 75g de açúcar de confeiteiro
- 1 colher (sobremesa) açúcar de baunilha
- 1 colher (café) rasa de sal
- 150g de manteiga sem sal, gelada e picada
- 1 ovo ligeiramente batido
- 1 colher (sobremesa) de raspas de limão ou de laranja

Creme de Confeiteiro:
- 5 gemas de ovos peneiradas
- 1 lata de leite condensado
- 60g farinha de trigo
- 60g amido de milho
- 750 ml de leite
- 1 colher (sopa) de manteiga sem sal
- 1 colher (chá) de essência de baunilha
- 1 colher (sopa) de conhaque ou rum

Cobertura:
- 500 g de morangos médios, lavados e cortados ao meio
OPCIONAL: Geléia de brilho vermelha (não usei)
- 100g de xerém de caju ou pistaches triturados

MODO DE PREPARO:
Massa:
Em uma bacia grande coloque a farinha, os açúcares, o sal e a manteiga gelada e vá esfarelando com a ponta dos dedos até obter uma farofa úmida. Junte os demais ingredientes e amasse com a ponta dos dedos até obter uma massa lisa e homogênea. Deixe a massa pronta gelar por 30 minutos, forre uma forma própria, fure o fundo da massa com um garfo e asse em forno pré-aquecido à 180ºC até dourar.

Creme:
Em uma panela grande coloque o leite condensado, as gemas, a farinha de trigo, o amido de milho e misture ate ficar homogêneo. Junte o leite e leve ao fogo, mexendo sempre, até obter um creme firme e brilhante. Junte a manteiga e deixe esfriar completamente. Por último, bata o creme rapidamente na batedeira, agregue os aromas e coloque sobre a massa já assada.

Montagem da Torta:
Depois de colocar o creme, distribua morangos e finalize com o brilho de cobertura e o xerém de caju triturado em toda a volta (opcional).

CONSIDERAÇÕES:
A massa é uma delícia e rende bastante. Para se ter uma idéia, fiz uma fôrma grande e outras 4 menores (do tipo mini). Ainda guardei mais um pouco da massa e usei para uma torta de uvas (que falarei num próximo post). A massa fica como um biscoito meio amanteigado....perfeita!!!!!
O creme é gostoso, mas acho que a farinha poderia ficar de fora, pois dá um aspecto "pesado" à massa. Essa é uma observação minha (e única), pois todo mundo que comeu a-do-rou!

5 de outubro de 2007

Livros e bichos


Depois da edição de "Cremes, pudins e musses", agora adquiri "Massas", da Abril Coleções. Se eu contar quanto foi...176 páginas de puro deleite gastronômico por apenas R$4,90!!!! Difícil acreditar, não é mesmo????
O livro, que reúne grandes receitas publicadas na revista Cláudia, traz dicas bacanas, desde como escolher uma massa até as receitas mais saborosas!!!!
Vale a pena o preço!!!

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Olhar hipnotizante....

Nunca tinha visto uma coruja de perto....
Mas hoje (05) eu vi!!! Era uma coruja filhote... E vi bem perto por sinal.. Ela até me olhou nos olhos... me encarou com um jeito de "quem é você?". Fingi que não era comigo, mas tirei uma foto para registrar esse momento de tanta "intimidade" no olhar! Foi no zoológico de Salvador, enquanto eu fazia uma reportagem sobre crianças....

Até fiz papel de mãe... Com um "tamanduazinho"... Olha que fofo!
obs: Será que ele achou que eu ia amamentá-lo??? Pelo jeito que está na foto...

4 de outubro de 2007

Sobremesa indiana

Doces são a minha perdição. Só de olhar já me dá gosto... quanto mais fazer e comer!!! Por isso, estou sempre com a mão na massa (principalmente doce)!!!

Provalmente por causa desta paixão, os amigos sempre me pedem para fazer sobremesas.
E não é que agora estou com a incumbência de uma sobremesa indiana??? Estou a procurar e se alguém tiver alguma dica vai ser perfeito. De preferência fácil, afinal estarei de plantão no sábado!

Quem sabe não descubro algo bem gostoso????

2 de outubro de 2007

Inspiração tropical na cozinha

Me desculpem a falta de atualização, mas a semana começou puxadíssima para mim! Estou fazendo uma série de reportagens para ser exibida durante a semana das crianças, e isso tem tomado muito meu tempo. Mas não me esqueci da promessa de postar aqui as receitinhas inspiradas no fim da novela Paraíso Tropical.
Vamos lá! Usei frutas para dar um toque bem tropical.

O prato principal eu já vinha pensando em fazer há algum tempo (pois tinha visto em um restaurante e fiquei louca de vontade de testar). O único porém é que eu não tinha nenhuma receita! Assim, teria que "inventar", tentar a meu gosto, como eu imaginava ser. Mas acabei encontrando uma receitinha recém-saída do forno, da Márcia, do Fouet, Roux & Demi Glace.

Não tive dúvida!!! Foi essa mesma, mas com algumas poucas modificações. Para começar, troquei o nome para Camarão Tropical no Abacaxi (em função da novela).
A receita??? Segue aí....(by Márcia. E adaptações by Camila)
Obs: Veja na foto ao lado como o prato fica chique!!!!

Primeiro você vai fazer o molho bechamel:
* 3 colheres de sopa de manteiga;
* 3 colheres de sopa de farinha de trigo peneiradas;
* (+/-) 800 ml de leite;
* sal, pimenta do reino e noz moscada ralada na hora a gosto (eu usei bastante noz moscada, pois amooooo).
* Queijo Parmesão ralado à gosto (eu usei para dar um gostinho ainda mais especial)

Modo de fazer:
Sempre no fogo baixo, derrete-se a manteiga, junta-se a farinha, cozinha o creme mexendo bem, acrescenta o leite, mexe bem com o fouet para não empelotar, pitadinha de sal e pimenta moída e um toque de noz moscada raladinha na hora. Depois, coloque o queijo ralado (ralo grosso).
Obs: É importante mexer bem este molho para não empelotar. Mas se empelotar não tem problema. Basta esfriar um pouco e passar pelo liquidificador!!!!

Para o camarão:
* 400 gramas de camarões (preferencialmente grandes, mas os médios dão conta);
* sal, alho, pimenta do reino e suco de limão.

Deixe os camarões de molho no limão, temperos e sal por aproximadamente 1 hora (qto mais tempo melhor, assim "pega" mais o sabor). Em seguida, coloque um fio de azeite numa frigideira larga (para evitar juntar água), e deixe aquecer BEM. Coloque os camarões, e dê uma leve fritadinha, só para eles ganharem aquele tom rosa.

Montagem:
Junte o molho e o camarão. Reserve.
Pegue um abacaxi e corte no sentido longitudinal (de cima a baixo). Retire delicadamente a polpa com ajuda de uma faca.

Termine de deixar as "cumbucas" bem certinhas usando a faca. Agora, você vai colocar o molho com camarão nas "cumbuquinhas".

Detalhe: você pode optar por colocar parte da polpa cortada em cubinhos no molho. Aí, é só acrescentar na panela desligada.
Eu experimentei dos dois jeitos. Mas achei bem melhor sem os cubinhos, porque eles soltam suco demais e escondem muito o sabor do molho.
Mas aí você pergunta: o abacaxi é só para enfeite???? NÃO!!!!
As "cumbucas" têm um pouco da polpa. Então, à medida em que você vai comendo vai sentindo o gostinho do abacaxi.

Mas isso é questão de gosto né???

Bom, depois de preencher as "bandas" do abacaxi, basta levar ao forno pré-aquecido com mais queijo parmesão por cima (só para gratinar). Então, sirva imediatamente (com arroz ou não, como quiser) e vá ao Paraíso!!!!!!



Perfeito e super fácil. Não tem segredo!!!! E além de tudo, é grau zero de dificuldade. Aliás, a única parte que você pode achar difícil é quando for cortar o abacaxi. Só!!!!

Como adoro uma sobremesa, não resisti!!!! Aproveitei que tinha a polpa do abacaxi e entrei no clima tropical, fazendo Bananas Flambadas ao Rum!!!! Essa é aquela típica receita que perfuma a casa toda na hora de fazer. Deliciosa, deliciosa, deliciosa. E super simples também!!!!


Anote aí os ingredientes:
- 1 colher (sopa) manteiga
- 2 bananas cortadas ao meio (usei a prata)
- 30 ml de rum
- um pouco de mel
- 2 a 3 folhas de hortelã
- 1 copo (tipo americano) de suco de abacaxi (natural)
- canela em pó a gosto

Modo de preparo
Numa frigideira, em fogo médio, coloque a manteiga para derreter e as metades das bananas para dourar.. Retire a frigideira do fogo e coloque rum. Flambe.
Cubra as bananas com um pouco de mel e coloque as folhas de hortelã. Despeje suco de abacaxi e cozinhe um pouco. Por fim, salpique canela em pó a gosto.
Pronto. Sirva com uma bola de sorvete de creme!
Bom apetite!