A fama de Belo Horizonte como a "capital dos bares" não é nova. Pelo menos para os brasileiros!!!
Mas neste domingo (28) foi notícia internacional. Saiu no New York Times, numa reportagem de Seth Kugel, na seção Next Stop (em português Próxima Parada), do caderno de Turismo.
Na reportagem, Belo Horizonte, ou Beagá (como o próprio repórter faz questão de "ensinar"), é citada como uma cidade que apesar de figurar como a terceira maior do país ainda é bastante desconhecida pela maioria dos estrangeiros. Segundo o texto, a cidade está mais para um ponto de passagem de turistas em direção às cidades históricas do estado mineiro, como Diamantina e Ouro Preto.
Porém, o repórter destaca a fama que Beagá construiu ao longo dos anos, da tradição dos botecos. Ele explica que a cidade não tem praia, não tem a "loucura" do carnaval e nem grandes atrativos (cita apenas as obras de Niemeyer), mas tem bares em grande e excelente qualidade.
"Há 12 mil bares na cidade, total per capita maior do que o de qualquer outra cidade brasileira", diz a reportagem.
O repórter explica o que são os botecos, lugares informais onde as pessoas se encontram para bater papo, socializar, beber uma cerveja gelada ou até fazer uma refeição informal.
E é exatamente isso mesmo. Me lembro da época em que morava em BH (êta saudade!!!), quando frequentava diferentes botecos durante a semana. Era desde um happy hour com os colegas de trabalho, um encontro com os amigos ou até uma comemoração de aniversário (sim, os belo-horizontinos amam festejar aniversários em botecos!!!). Tudo era motivo para ir a um boteco.
Sinto muita, mas muita falta disso!!!! Era muito gostoso rever amigos e colocar a conversa em dia bebendo um chopp gelado e beliscando o melhor tira-gosto em botecos!
E por falar em tira-gosto, a reportagem do New York Times fala sobre o espetacular "Comida de Buteco", festival tradicionalíssimo na cidade, realizado há oito anos. Um festival que reúne aproximadamente 40 renomados bares da cidade para "disputar" o melhor tira-gosto...
O repórter cita alguns botecos, como o Bar do Caixote, que faz jus ao nome, com mesas e cadeiras feitas de caixote de frutas; a Mercearia do Lili; o Casa Cheia... E, claro, fala também do Mercado Central, da Feira Hippie aos domingos, do Parque Municipal.. Sem esquecer que o jornalista dá ênfase à famosa frase dita pelos mineiros: "não tem mar, tem bar".
Muito boa a reportagem. Quem quiser conferir na íntegra é só clicar aqui.