O vestidinho preto e a meia calça da mesma cor, comprados só para a ocasião, ajudaram a dar um ar mais sensual àquela adolescente de 13 anos que, no fundo, ainda era uma criança.
Era noite de festa. A primeira com as amigas. E a que iria ficar marcada para sempre. O ponto de encontro foi a casa da Adriana. Lá, as amigas Carla, Carolina, as duas Camilas e ainda Adriana, ainda tiveram tempo de sonhar com a festa, que àquela altura, já rolava sob um som alto.
- E aí? Vai ficar com alguém hoje? - perguntou uma delas
- Não sei. Se rolar...
Mas eram apenas fantasias de adolescente. Afinal, a maioria delas nunca tinha beijado antes.
Animadas, foram para a festa...E logo quando chegaram, viram uma turma de meninos, todos muito gatinhos, dançando passos ensaiados, modismo da época. A música que mais tocava era a dançante Sweet Dreams (La Bouche). Com uma letra que parecia ter sido feita para aquela noite... Afinal, doces sonhos estavam por vir...
Como aqueles meninos dançavam cheios de graça...De longe, as amigas tentavam imitar. E, aos poucos, a distância foi diminuindo. Até que surgiu um entrosamento. Desta vez, o fundo musical era Me Leva, de Latino. E foi nessa música que um dos meninos, aparentando ter uns 16 anos, se apresentou a uma das amigas.
- Prazer, meu nome é Silvério.
- E o meu é Camila.
Conversaram alguns minutos e o tal Silvério perguntou:
- Quer ficar comigo?
- Ah...(TÍMIDA)...Quero...
- Então vamos ali...
De mãos dadas, saíram para a rua. Naquele tempo era assim. Foram para trás de um muro, onde ninguém pudesse ver... Então se beijaram. Ela mal se concentrava no beijo. Feliz, só conseguia pensar: "beijei, beijei, beijei. Não sou mais BV (boca virgem)."
E ali, atrás do muro, passaram a noite aos beijos. Quando olhou no relógio, viu que estava perto de uma da manhã. Era o horário combinado com o pai, que viria buscá-la. O menino, então, pediu o telefone. Ela deu. Errado, mas de propósito. Era medo que a mãe descobrisse, caso ele ligasse. E então, ela foi embora. Feliz, muito feliz da vida, porque tinha dado o primeiro beijo.
Naquela noite, a amiga Carla, que tinha ido dormir na casa dela, percebeu algo estranho.
- Camila, sua boca tá roxa!
- Roxa??? Como assim? - e correu para o espelho, onde confirmou que realmente estava.
- Então vamos ali...
De mãos dadas, saíram para a rua. Naquele tempo era assim. Foram para trás de um muro, onde ninguém pudesse ver... Então se beijaram. Ela mal se concentrava no beijo. Feliz, só conseguia pensar: "beijei, beijei, beijei. Não sou mais BV (boca virgem)."
E ali, atrás do muro, passaram a noite aos beijos. Quando olhou no relógio, viu que estava perto de uma da manhã. Era o horário combinado com o pai, que viria buscá-la. O menino, então, pediu o telefone. Ela deu. Errado, mas de propósito. Era medo que a mãe descobrisse, caso ele ligasse. E então, ela foi embora. Feliz, muito feliz da vida, porque tinha dado o primeiro beijo.
Naquela noite, a amiga Carla, que tinha ido dormir na casa dela, percebeu algo estranho.
- Camila, sua boca tá roxa!
- Roxa??? Como assim? - e correu para o espelho, onde confirmou que realmente estava.
O "santo"batom da embalagem verde |
No dia seguinte, ela passou o tempo todo se esquivando da família, para que ninguém percebesse a boca roxa. Mas pelo menos se sentia mulher, e não mais uma menininha. Escreveu tudo no diário, para que nunca mais se esquecesse.
Só que não precisava... A data já tinha se tornado tão especial que todos os anos certamente seria lembrada.
A propósito, tanta coisa aconteceu depois daquilo! Ela se apaixonou pelo Silvério. E se arrependeu de não ter dado o telefone certo. Passou anos sonhando com ele. Imaginando como teria sido se tivesse dado o telefone certo. A foto dele, que conseguiu através de uma amiga, foi parar no porta-retrato. Virou uma paixão platônica. Até que 3 anos depois (e já com 16 anos), ela o reconheceu num show. O coração bateu forte e ela não pensou duas vezes em falar com ele.
- Oi, seu nome é Silvério, não é?
- É sim...
- Tudo bem? Sou Camila. A gente se conheceu numa festa em 94, no bairro onde você mora.
- Ah... lembro, claro!
Talvez ela não tivesse acreditado que ele realmente se lembrava dela. Mas, ainda assim, o papo continuou...e veio o beijo...
A adolescente, que já não era mais menina, mal podia acreditar. Tremeu... Ficou nervosa...
E confessou tudo:
- Eu tô nervosa! Tô tremendo...
- O que você está sentindo? Quer sentar?
- Vou ficar bem. É que....(TÍMIDA)...posso te falar uma coisa??? Você foi o primeiro menino que eu fiquei...
Sim, ela precisa confessar tudo aquilo. Porque era o que, há anos, ela vinha sonhando. Naquele dia, e alguns outros dias depois, a adolescente sonhadora viveu alguns momentos de eterna alegria... mas, por incrível que pareça, o encanto passou. Depois daquele segundo beijo - tantos anos depois -, e daquela confissão, ela nunca mais pensou nele. A foto no porta-retrato já não fazia mais sentido. Havia outros garotos... e tanta coisa por viver....
Os dois foram felizes pra sempre. Cada um com seu destino.
5 comentários:
hahaha, ri demais da sua historia! Acho que com todo mundo é meio que parecido!Eu com meus 11 anos, pirralha, um menino pediu pra ficar comigo, eu aceitei,mas nao queria dar beijo na boca nao(de lingua),qdo ele me roubou um beijo, fiquei tao nervosa, que sai correndo e sumi...hahaha, idiotices,criança...
Mas é bom recordar ,e rir dessas coisas! Hoje em dia reencontrei com esse menino na web e juro que morri de vergonha pq ele lembrou de tudooo!Imagina se voce um dia reconhecesse seu 1 ficante depois de anoos?!Seria estranho ne?!hahaha!
Bjuss querida! Bom fim de semana pra voces!
Lindo, Camila.
Que beijo foi esse que deixou sua boca roxa?!
Quanto ao antigo post, acho que já entendi quem é a cantora antipática. Ah, vi o seu "pitaco" na enqute BFM, no blog do shopping Barra. Muito bonita a sua foto.
Gosto de sua sinceridade. Sua vida é um livro aberto. Não tem vergonha de nada, não esconde nada. Faz questão de mostrar tudo que viveu. Apesar de ter sido uma mãe que estava sempre na cola, certas coisas acontecem porque tem que acontecer. São as escapolidas. Quem nunca viveu estes momentos? O que acho interessante é que você realmente teve marcado na sua vida este primeiro momento menina/mulher. Você é dez. Nada como um reencontro para ter certeza que não havia mais nada e sim um marco na sua vida. Amo muito você. Beijos. Mamys
adoreiii a historia... hahaha Me fez lembrar varios momentos de descobertas e afins...hihi
O maridão fica com ciumes dessa memoria toda não?!rs Boa Semana! Fica c/ Deus!
Cá, adorei o "remember"!! Hahaha.. Meu Deus, quantas vezes ouvi vc falando do Silvério!! Era mais que uma paixao platônica, era uma coisa louca!!! E muito engraçada, é claro!! Aquela festa foi demais, foi realmente um marco na nossa vida adolescente, praticamente um rito de passagem de menina para mulher!!! Lembra do Tiaguinho?? Hahaha..
Saudades!!
Bjos,
Carol (Kill).
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