Além o atraso e do episódio da tesoura, fiquei tensa quando cheguei até o avião que me levaria a Salvador. Comprei passagem pela BRA, mas voei de Oceanair, afinal as duas companhias são parceiras agora.
E o avião era um Fokker 50, um modelo pequeno e que parece voar mais baixo! Fiquei num assento ao lado das turbinas, e nos momentos de pouso e decolagem (foram duas escalas) eu via as rodas, o que me provocava uma sensação um tanto estranha. A impressão é de que o avião poderia cair a qualquer momento. Nunca tinha voado num Fokker 50, apenas no Fokker 100 da TAM! Fora isso, os assentos são muito confortáveis e o atendimento dentro da aeronave em nada pecou!!!
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Nem bem cheguei (de avião) e recebo a notícia do acidente da TAM em Congonhas. Eu tinha ido para a aula de inglês e assim que cheguei em casa Marcones veio me falar do desastre. Achei que era brincadeira, mas com isso não se brinca. Senti um frio na espinha, fiquei arrepiada e estarrecida! Menos de 10 meses depois do trágico acidente com o vôo 1907 da Gol, que matou 154 pessoas, agora um outro desastre mancha ainda mais a imagem do setor aéreo brasileiro. Não tenho a menor dúvida de que há uma parcela muito grande de responsabilidade das autoridades neste novo episódio. Congonhas já registrou vários casos de derrapagens de aeronaves devido ao mau estado de conservação de suas pistas. Por causa disso, a pista principal passou por reformas no início deste ano e foi liberada para pousos e decolagens no dia 30 de junho. Porém, ela foi liberada sem que fosse feito o grooving (ranhuras para dar mais aderência aos pneus dos aviões e facilitar o escoamento da água). A ausência do grooving na pista auxiliar de Congonhas --a única disponível com a reforma da pista principal-- foi uma das críticas feitas em maio deste ano por Uébio José da Silva, do Sindicato dos Aeroviários, para justificar a predileção de pilotos em não pousar em Congonhas. Agora nos perguntamos: será que apressaram as obras e liberaram a pista antes que ela estivesse realmente pronta? De quem é culpa? Qual a parcela de culpa das autoridades brasileiras? Até quando seremos vítimas do caos aéreo?
Um comentário:
Muito bem qüestionado Cá, até quando viveremos este caos de ansiedade, stress e perigo constante? Estou super chocada e abalada com tda essa tragédia, ainda mais por pensar q vira e mexe eu e mamãe temos q descer em Congonhas, o q me traz um aperto no coração. Aperto maior ainda por saber q minha prima é comissária de bordo da tam, e poderia estar no meio destas vitímas, aperto por saber q vc e meu irmão estavam voando,e uma tristeza profunda pelos familiares das vitímas, q agora, só podem recorrer a Deus e seu consolo sobrenatural. Graças a Deus meus queridos amigos e familiares chegaram bem em seus destinos...mas até quando teremos essa certeza né?? grnade beijo minha amiga!
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